sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Debate: Vilolencia Juvenil

Quintino KANDANDJI

1.Violência juvenil se refere aos actos físicos destrutivos praticados pelos jovens de 10 aos 29 anos de idade. Em todos os países os principais actores deste comportamento de violência são os rapazes, e segundo alguns estudos, muitas vezes o comportamento violento se apresenta desde a infância com a passagem pela adolescência. No entanto, outras correntes mais pessimistas defendem que a sociedade é uma integração de conflitos administrados a base da força humana controlável. Assim é difícil falar de violência juvenil num país em guerra, mas sim em contexto de paz e ou de bem-estar. Por isso empenha-se uma polícia mais repreensiva no controlo dos focos juvenis o que tem resultados muito drásticos para o convívio humano.
Sobre o assunto existem várias teorias que explicam porque é que os jovens se comportam de maneira violenta. A análise é feita à luz de um trabalho de investigação que coloca a problemática no marco da complexidade humana. A tese é aprovada pelo Órgão das Nações Unidas para Educação e Cultura UNESCO e faz um desenho de proposta de reforma nos princípios educativos. Esta postura busca formas humanas de combater os focos através de uma consciência colectiva de sobrevivência, a partir das teorias:
Teórica económica
2..Aponta que as constantes crises económicas atingem de forma mais intensa a população juvenil. São os jovens que mais sofrem com a falta de credibilidade no futuro, comuns em momentos de crise económica. "A ausência de planos de vida futura é maior entre esse grupo, já que os adultos, em casos de crise, costumam apostar suas expectativas nos filhos", analisa a socióloga Miriam Abramovay. Aponta-se como solução criação de empregos e oportunidades para todos.
A tese talvez seja a mais plausível, porém não explica apresenta um realismo, mas não explica o massacre de Virgínia que abalou o mundo: O jovem estudante atirou contra 32 colegas e no fim suicidou-se, “O rapaz tinha tudo e mais alguma coisa”, confessaram os pais, lamentando o drama.
Teoria do entretenimento
Aponta que os meios de comunicação com a massificação dos públicos consumidores de bens culturais são os responsáveis, por explorarem como mercado a força humana. O sexo e o revólver combinam com a vida e a morte do artista. O conflito entre a vida cinematográfico e a vida real de cada um vinga o sonho de um desejo a saciar. “Se eu fosse como ele, eu seria…” é como pôr um osso na boca do cachorro. Os bens de consumo na propaganda violentam a alma que acorda para o sonho de consumo sem possibilidade de consumir, é o sucesso da imagem. Sendo verdade diremos que sim, está tudo explicado, mas a teoria não explica tudo. É preciso dizer que não é apenas pelo consumo. Além deste há também efeitos negativos na instituição família que a teoria provoca nos agentes de consumo através da publicidade figurativa. Exemplos: “massa dona” e “sumo tang”. Solução educar para o consumo sem ferir as estruturas que gerem a personalidade humana.
A teoria evolutiva
Aponta que só se pode falar sociedade, tendo em conta o conceito de conflito como processo de integração social. Ao nascer, o homem vem ao mundo contra a sua vontade e confronta-se com morte e por isso tem de lutar pela vida, através da competição. Segundo os defensores desta tese, nascer sem mesmo perguntar a pessoa se quer ou não vir ao mundo é uma violência. O dado de a partir dos 10 aos 29 anos deve se entender como resposta a violência inicial a que foi exposto o ser humano, nos primeiros momentos da vida, desde o ventre da mãe. Assim, a violência juvenil é uma forma de rejeição social das formas pré – estabelecidas, onde a educação consumida como uma hipocrisia social. A violência assim entendida é uma expressão de linguagem que não deve ser entendida apenas no sentido individual “quem fez o que a quem, de que família”, mas no sentido mais conjuntural, de critica e didáctica de valores. As políticas públicas para a juventude não podem apenas restringir-se ao emprego, o que já seria bom; mas também e sobretudo ao acesso a cultural. Acesso cultural corresponde a opção fundamental do homem a si mesmo como sujeito de palavra em todas as suas expressões.
Conclusão
Violência juvenil ou violencia social?
Não, é violência é social. Para transformar é preciso abandonar os seus sonhos e realizar os sonhos de outro. Você no pode transformar o mundo sem aceitar este mundo com a suas estruturas vigentes, que se te apresentam violentas.

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